Um dos fatores que ajudam na degradação moral e ética na sociedade de hoje é a ideia de que não devemos julgar para não sermos julgados. Isso torna a tolerância ilimitada. Se tudo é tolerado, não há fronteira entre bem e mal, e fica óbvio quem sai lucrando. Neutralidade, apatia, desinteresse social levam à imparcialidade, à declaração de que nem o bem, nem o mal podem esperar algo de mim, de você ou de quem quer que opte pela postura tolerante.
O cidadão deve estar sempre pronto a emitir um julgamento moral, principalmente, sobre quem se ocupa da coisa pública, sem a preocupação de ser infalível, mas preocupado em externar sua aprovação ou reprovação. Pode-se errar no juízo, mas não se pode deixar de julgar por medo de errar.
Se examinarmos cada homem pelos julgamentos que faz, vamos aferir seu verdadeiro caráter. Cada julgamento é o retrato dos sentimentos de cada um. Tolerar erros pode significar prévia licença para cometê-los, ou absolvição posterior a outros já cometidos. Acusar ou elogiar é colocar a nu nosso próprio caráter moral.
Nossa democracia só evoluirá quando os maus políticos forem varridos pelo eleitorado. Para tanto, o eleitor deve assumir sua parcela de responsabilidade. Não há meio honesto. Ou se é honesto inteiro, ou totalmente desonesto. A honestidade deve ser exigida dos ocupantes de cargos públicos e de cada um do povo. Só um povo honesto pode gerar mandatários dignos.
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